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Com um sorriso, chegas ao infinito.

Bem-vindo ao meu Blogue!

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30.07.21

Lembranças de um Cacto


Maria Neves

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Lembranças de um Cacto 

Moro numa zona privilegiada,
Sou verde,  e tenho esperança,
Tenho uma existência invejada,
Sou  um cacto, com lembrança.

Lembro no Inverno passado,
Todas as noites  fui visitado,
Todas as noites fui urinado,
Por um gatinho mal amado.

De repelentes a câmara de filmar,
Tudo colocaram para me defender,
Até que me cresceu um pico maior,
E, pus o infeliz uns dias a arder.

Ter que suportar o gato, e o vento sul,
A dona da casa  e a Pandemia,
Até arrancado da terra fui pelas entranhas,
Pelo gatinho que em cima de mim, xixi fazia.

Lembro o dia das brancas pedras,
Que colocaram em meu redor,
Foi o céu dos Cactos que ditou regras,
E me trouxe o seu melhor.

Agora cheio de vida,  e contente,
Tenho filhos lindos a crescer,
Vou dar de mim um Presente,
A quem de mim cuidou, para Eu viver.

Maria Neves

 

 

 

 

 

 

27.07.21

O Poder, na Nau dos Corvos


Maria Neves

O Poder não está na Força,
Também não está no Dinheiro,

O Poder estará sempre na Verdade.
Na Resiliência.
Será maior, quando cresce na direcção  do horizonte.
Quando te afirmas sem Medo.
Quando procuras ser Justo.

Quando não te deixas corromper.
Quando não te desvias do objetivo.

Este rochedo foi  segundo a história, como o vimos hoje.
Ele,  símbolo do Poder perante a tempestade, e perante a beleza no Atlântico.
Terá muitos séculos.
Mas sempre a Nau dos Corvos.
Como o corvo é um animal inteligente,
Aqui estará sempre em segurança.
Aqui tem Poder.

Assim o homem anseia pelo Poder...

Maria Neves





25.07.21

O que o dinheiro nunca comprará


Maria Neves

https://blogs.sapo.pt/posts/edit?blog=mluciadneves&post=55045&page=1

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O que o dinheiro nunca  comprará

Vivemos numa sociedade que coloca os valores monetários e as aparências, como sendo o padrão para definição do  Indivíduo. Resumindo,  "Quem tem dinheiro, tem tudo"...

Não!

O dinheiro é importante sim,  para adquirir o que nos pode ajudar a ser mais feliz,  o que precisamos para satisfazer as nossas necessidades humanas básicas. Também para poder adquirir valores que nos trazem prazer pessoal,  ou até colmatar necessidades de alguém com dificuldades.
Mas,  também o conceito de felicidade é relativo. Ser feliz não é ter tudo, deveria ser valorizar o que temos, como olhar para o que construímos com o nosso esforço,  e sentir bem estar.  O restante é vaidade doentia,  a qual não sustenta o que é estar Feliz,  ao invés,  traz Sofrimento,  como ansiedade, instabilidade física e psíquica,  e até medo do Futuro.
O dinheiro não compra:

  • O auto-respeito
  • O amor
  • A família
  • A saúde
  • A amizade
  • O nosso bem estar
  • O sono
  • Paz interior
  • Uma viagem de sonho!
  • O Tempo

O nosso "status", não provém   dos valores materiais que possuímos ou dos diplomas que colecionamos,   mas sim como socialmente nos comportamos.  As sinergias criadas entre o indivíduo e o meio,  são sim,  definição de bem estar mental,  físico e social. 
Estamos no Século. XXI,  a Humanidade deveria  pensar na forma mais saudável e sustentável para a  Vida na Terra.

Em função do dinheiro,  e dos mercados mundiais o Ser humano já está a sofrer os efeitos das Alterações Climáticas,  que mais  querem que a Natureza nos mostre?

O valor do dinheiro é individual,  não pela quantidade, mas pelo que gera. 
Se alguém tem milhões,  viverá gerindo os milhões que tem.

Se alguém tem milhares,  viverá em função dos milhares que tem.

Quem não tem milhões ou milhares,  deverá viver a vida dignamente, trabalhando mais. 
Na ocorrência de problemas com Saúde, haverá um Sistema Social que deverá intervir rápido e eficazmente. Estas pessoas precisam ser ajudadas e orientadas para poder levar uma vida digna neste período,  sem vergonha. 

Logo que possa,  deverá regressar ao trabalho.

No caso de Doença que impeça a capacidade de trabalho de forma permanente,  deverá  ter um meio de subsistência compatível com a vida que possuía, nunca excedendo.

Realidade ou utopia...

Maria Neves

22.07.21

A Ponta do Trovão - Peniche


Maria Neves

A Ponta do Trovão

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A península de Peniche, em termos geológicos, mostra uma sucessão de estratos de rochas sedimentares carbonatadas de idade jurássica, registando, de forma contínua e ímpar, cerca de 20 milhões de anos da história geológica portuguesa. Paisagens dramáticas de outro mundo como nunca viu antes e que são de cortar a respiração. Um ecosistema ímpar que faz de Peniche o melhor local na Europa para observação de aves migratórias.    A partir dos estudos no estratotipo de Peniche concluiu-se que no Jurássico Inferior a Península Ibérica era uma ilha e que as zonas das cidades como Coimbra, Lisboa e Peniche eram mar, só existindo ambiente marinho. Uma história registada nas rochas que remonta aos primórdios do Jurássico (200 milhões de anos) e à “vida” mais recente do Planeta Azul, quando os dinossauros já povoavam as zonas continentais e a Península Ibérica ficava perto da porção setentrional do continente americano. Constitui, assim, o melhor registo em Portugal de rochas daquela idade, relacionadas com uma fase marinha iniciada há 190 milhões de anos, anterior à génese do oceano Atlântico.

A Ponta do Trovão localiza-se na zona Norte da península de Peniche e destaca-se na fisiografia desta pois projecta-se através de uma “ponta” rochosa, ladeada por uma pequena enseada que forma uma praia em “U”, a Praia do Abalo. A Classificação da Ponta do Trovão pela International Union on Geological Sciences “mostra uma sucessão de estratos de rochas sedimentares carbonatadas de idade jurássica, registando, de forma contínua e ímpar, cerca de 20 milhões de anos da história geológica portuguesa”. “Constitui, sem dúvida, o melhor registo em Portugal de rochas daquela idade,

A cerca de 500 metros da minha casa, situa-se

" O Sítio Geológico de Importância Mundial-A Ponta do Trovão".

Confesso que, tão perto não ter visitado é vergonhoso. 
Mas, com a Pandemia, ficámos reduzidos aos locais seguros
e anteriormente visitados.

Em dias como hoje, sem ondulação, e sem vento, foi muito bom para a sua visualização,  tanto as áreas fossilizadas, como nos locais cobertos, habitualmente pelo Oceano Atlântico.

A salientar, que foi um dia de folga muito bom,  apesar do Sol estar ausente.

Fontes:https://www.centerofportugal.com/pt/article/peniche-o-paraiso-geologico-de-portugal/

Fotos: Tiradas por mim.

Maria Neves

 

19.07.21

Cascata seca


Maria Neves

 

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Cascata seca

Ser alarmista não é do meu Ser,
Não visionária, mas consciente,
A destruição do planeta é inegável,
Ninguém pode ficar indiferente.

Tudo começou nas "queimadas"!
Depois queimaram a sério,
Agora a Natureza mostra o poder,
E, vai moldando o império.

O Ser humano não soube parar,
A sua ambição andou léguas,
Construiu casas, rasgou serras, em qualquer lugar,
Catástrofes e doenças, não darão tréguas.

Povos na terra esquecidos, 
Sofrimento e subnutrição,
Os países ricos, sempre mais favorecidos,
Os pobres, nunca terão razão.

A cascata sem água, não existe,
Será sempre uma Escarpa,
Assim, o homem trata o que ainda persiste,

Uma  dia  desejará uma Varpa.

Maria  Neves

Imagem: www.altominho.tv/

 

 

18.07.21

Verão


Maria Neves

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Verão

Era sábado, numa tarde Julho, algures no Oeste portugês, depois de um dia de
serviço na Urgência,
o desgaste começa a manifestar os seus sinais.
Ser Enfermeira em Pandemia.


Não há terapia mais eficaz, que um espaço à beira-mar e relaxar.
Uma boa companhia, um drink, acompanhado de apetitosas iguarias, numa  esplanada 
com bom serviço
e Segurança, nestes tempos, fundamental.


O sol iluminava as águas cristalinas do Atlantico. As gaivotas cantavam a sua
música, sobre o azul intenso do céu, clamando gritos de esperaça por dias melhores.
Uma aragem, por incrivel que pareça, mais parecia um espanar de
Leque Francês.


Foram duas horas de namoro cinquentão, tão bem passadas.
Mais voltarão.

As coisas simples da vida, serão sempre as boas vivências.

Maria Neves


15.07.21

Existência capeada


Maria Neves

 

 

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Existência Capeada

Não sofras escondido atrás do silêncio, 
O silêncio é como a escuridão,
Quando te sentes num mundo jumêncio,
A clareza perde-se, aludindo ilusão.


Quando já deste todo o teu Ser,
Só que, ninguém percebeu,
mundo não é justo, podes crer,
Deixaste crescer o teu Eu.

 

Pertences a um mundo em mudança,
Canta a música do vento, 
Não deixes morrer em ti a esperança,

Tudo caminha a seu tempo.

 

Maria Neves

 

 

 

 

 

 

14.07.21

Sou gaivota


Maria Neves

Sou gaivota

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Chamam- me ratazana do ar,
Eu, branca toda limpinha,
Chego de viagem,sobre as ondas do mar,
De um barco, pesquei uma sardinha.

Sou barulhenta, sou ciumenta,
Gosto de planar, no azul do céu,

Não gosto de quem me enfrenta,
Abro as asas, e mostro o meu véu.

Da crista da onda, faço o meu barco,

Do vento norte, faço o meu guia,
Faço um restaurante num charco,

E, começo o meu dia com alegria.

A beleza nasceu comigo,
A limpeza talvez não,
Dava jeito ter um amigo,
Sempre de alforge na mão.

Voo alto, sobre o mar e o monte,
Lá do alto, tenho a miragem,
Entre o mar e a terra, não tenho ponte,
Vou mostrando o ponto de ancoragem.

Não, não sou ratazana do ar...

Maria Neves

13.07.21

Eu acredito


Maria Neves

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Eu acredito

Eu acredito, que a vida é como um baloiço,
Eu acredito, que um mundo melhor chegará,
Eu acredito,  na música que oiço,
Eu acredito,  que o sonho nunca morrerá.

Eu acredito, no Ser  verdadeiro,
Eu acredito,  observando um olhar,
Eu acredito, em quem Se dá por inteiro,
Eu acredito, e penso,  que não me irei enganar.

Num mundo repleto de aparência,
Onde a mentira tem o seu lugar,
Eu acredito, na longa existência,
Onde a verdade virá para ficar.

Como um baloiço, vai e vem,
Assim a vida tem seu impulso,
O tempo mostrará a força que tem,
Quem um dia , Se sentiu avulso.

Maria Neves

 

12.07.21

A garça real


Maria Neves

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A garça real

Sou real por natureza,   
Não precisei de linhagem,

Encontrei o palácio na natureza,  
Faço parte desta paisagem.


Tenho um fotógrafo por amigo, 
Todos os dias faz esta viagem,   
Gostaria de fotografar como eu vivo,

Entrar no pântano,  é preciso coragem.

Ele quer que eu faça pose,  
Mas não lhe vou dar esperança, 
Sou uma garça real,  

Não lhe vou dar confiança.

Vivo aqui com o  meu clã,  
Neste lugar exemplar,  
Estou sempre aqui de manhã, E faço- me respeitar.


O fotógrafo gosta da minha paisagem,
E eu, fico toda derretida,
Mas quando me vira a lente,
Mostro-lhe a terra prometida...

Maria Neves



 

 

 

 

 

 

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