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Com um sorriso, chegas ao infinito.

Bem-vindo ao meu Blogue!

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29.11.21

Uma Luz na Escuridão


Maria Neves

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Olhando o céu ao crepúsculo, solto um grito,
Uma árvore despida na minha direção,
Mostra o quanto o nosso Ser é finito,
Esperando uma luz na escuridão.

As luzes de natal já começam a brilhar,
O frio, a humidade e um grão de vida,
Faz-se reconhecer em cada olhar,
Será uma luz na escuridão, atrevida.

A ausência tortura, e não apela à razão,
A dor que se sente em não poder tocar,
Procura-se uma luz na escuridão,
Para algum conforto encontrar.

Por cada dia de vida vivida,
Sente e afaga o teu chão,
Sorri para a vida destemida,
Ou procurarás uma luz na escuridão!

Maria Neves

 

 

 

 

26.11.21

Por amor


Maria Neves

 

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Por amor eu chorei,
Por amor eu deixei tudo para trás,
Por amor eu encontrei,
Tudo o que me trouxe a Paz.

Por amor, eu também desisti,
Daquilo que me fez sofrer,
E com o qual aprendi,
Que nem tudo é bem querer.

Por amor eu também descobri,
Pelo que vale a pena viver,
Porque uma vida sem amor eu conferi!
É difícil, sobreviver.

Por amor contei estrelas na noite escura,
Em difíceis decisões a tomar,
Mas no sentimento maior se afigura,
No horizonte sem fim, do meu Mar.



Maria Neves
24.11.21

A voz do vento


Maria Neves

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Como é bom ouvir a voz do vento passar,
As ondas obedecem-lhe com prontidão,
No Forte da Luz,  ouvem-se rebentar,
Por um raio de luar, vejo a sua imensidão.

Uma noite de outono fria e escura,
Trás pensamentos duma infância vivida,
As montanhas tratavam o vento com ternura,
Sinónimo duma infância nunca  esquecida.

Noites  brancas de geada, brilhavam como vidro,
Falava-se de Eça, Pessoa ou religião,
Eu sempre preferi o meu livro,
Outros viam o mundo na televisão.

Hoje recordo com muito carinho o passado,
Entre a montanha e o mar não há muro, 
Pois o som do vento será sempre lembrado,
Pelo trajecto veloz, entre o passado e futuro.

Maria Neves

13.11.21

A mentira devastadora


Maria Neves

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Do meu mais profundo sentir,
Escrevo de forma  peculiar,   
Com intenção de acordar,  sem ferir,
Mas há quem, se  deva  permitir mudar.

Pena que poucos vêm,
Que o tempo para viver pode ser pouco,
Não saber desfrutar o que têm,
Perder tempo com a vida do outro.

Há quem nascesse, e  logo morreu,
Tão triste, que ainda não descobriu,
Que o seu Ser se perdeu,
Quando ao passar na vida  mentiu.

Será que não saberá viver na verdade? 
Será sempre um fiasco, 
Triste vida que faz e não sabe,  
Procura  a estepe no penhasco.

Maria Neves

06.11.21

A cisterna do azeite


Maria Neves

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Fico em lugar escuro,
Guardaram em mim um tesouro,
Sempre estive atrás do muro,
Dentro de mim existiu ouro.

Sou em pedra preta Ónix talhada,
Se soubessem os meus segredos,
Estaria polida e arrumada,
Sou de um peso dos degredos.

O meu destino ninguém conduz,
Mesmo vazia sou um deleite,
Tenho três séculos de Luz,
Sou pesada para enfeite.

Guardei o azeite dos ancestrais,
O ouro antigo do mundo,
Que brilhou  como cristais,
Iluminei a festa,  e o defunto.

Uma certeza tenho comigo,
Nunca ninguém me vai levar,
Nem o amigo ou inimigo,
Recusarei mudar de lugar.

Maria Neves

Imagem// https://blog.mbastosjoias.com.br/pedra-onix-conheca-melhor-o-cristal-da-protecao/

 

02.11.21

Por detrás da cortina branca


Maria Neves

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Por detrás da cortina branca,    
Vejo um raio de sol, por entre nuvens escuras,    
Traz consigo a Luz que abranda,   
A nostalgia de quem, em si próprio se nega a fulguras.

Um dia de chuva é tão belo,        
Tal como um dia de sol radioso,
Pois na existência há o Seu Elo,      
Entre o belo e o misterioso.

Quantos beijos e abraços não sentiu, 
Quem a pretextos obscuros na vida se entrega,    
A quem à falta de amor próprio se permitiu,    
A quem no seu passado escorrega.

A chuva volta a cair devagarinho,
Permitindo o som da música que oiço vaguear,
Conduzindo  pelos sentidos novo caminho,    
Que nos leva até, nova bátega de chuva voltar.

Maria Neves