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Com um sorriso, chegas ao infinito.

Bem-vindo ao meu Blogue!

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30.06.22

Milénio Sombrio


Maria Neves

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O mundo precisa de Paz.

Sim. Poderá  ser um  "cliché" esta afirmação, até ingénua talvez, mas não é.

Primeiro uma Pandemia, confinamentos, restrições, finalmente as vacinas, e as célebres correntes negacionistas.
Ainda em "rescaldo" da Pandemia, a Intervenção Militar pela Federação Russa à Ucrânia . Desastroso, como todas as Guerras.Tanto sofrimento, para concretizar os objectivos duma Pessoa que não respeita o Outro. Onde os alvos militares são uma morgue de civis, e se mata por um pedaço de terra.  Aonde irá chegar?...

O mundo não voltará a ser o que era. Mas, o que me deixa cada mais me inquieta é o futuro. Não só o futuro da Ucrânia, mas o nosso próprio futuro, o futuro do Planeta.

O mundo está virado para uma tela paisagística bélica, mórbida, que nos invade o espírito a cada momento da nossa existência.
Até quando?!
Não vejo o fim das guerras em campo, nem das guerras psicológicas que abrem os canais de informação. 
Resta-me conviver com estas guerrilhas de ânsia pelo poder em todas as vertentes.

O mundo está coberto por um Capuz, cercado pela muralha do Poder, e não vislumbra o Horizonte.

Viajo no tempo, e penso, sempre houve guerras, pandemias , insanidade e morte, mas não me conformo.

Estamos  vivos, e para que possamos desempenhar o nosso papel social, é fundamental que nos concentremos em algo positivo para a mente, que lembremos a Arte, o Amor, o Mar ou a Montanha, um local para edificar o nosso Forte Aberto na Aventura, com pensamento de Paz.

Um dia...

Maria Neves

22.06.22

Noite de Verão


Maria Neves

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Noite quente de verão, sempre lembrada,
O céu estava limpo e estrelado,
O luar brilhava na enseada,
O amor, estava mesmo ali ao lado.

Nas dunas sentia a brisa do mar,
A música que vinha do bar chamava,
Mas nada haveria para desviar,
Quem o amor verdadadeiro encontrava.

Penso sempre neste lugar,
Outrora fonte de amor e desejo,
Onde o sol se põe no seu esplendor,
Onde quem olha o mar, antecipa um beijo.

Não haverá idade para amar,
Não haverá alma à solta neste lugar,
Não haverá silêncios por revelar,
Não haverá solidão frente a este mar.

Maria Neves

 

 

 

 

 

11.06.22

Asa Partida


Maria Neves

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No silêncio da noite,    
No meio da serra,
De asa partida,
Não passo da terra.

Sou uma coruja, que viaja pelas estrelas

Olho o céu estrelado, e vejo a Lua,
No meio da noite, solto o meu canto,
Viajo no chão, negra e nua,
Foi-se a asa e o encanto.

Sou uma coruja, que viaja pelas estrelas

Na noite escura, vejo um mundo parado,
Olho a copa do castanheiro,
Não voo, não vou a outro lado,
Estou parada no desfiladeiro.

Sou uma coruja, que viaja pelas estrelas.

Serei dura como uma pedra,
Vou esperando um rato da mouteira,
No chão o som do meu grito se cerra,
Não tenho água, não tenho ribeira.

Sou uma coruja, que viaja pelas estrelas

Atenta, ao meu canto chorei,
A chuva fez uma visita exemplar,
Água bebi, as negras penas lavei,
Tenho tudo, só preciso voar.

Sou uma coruja, que viaja pelas estrelas

Noite após noite, dia após dia,
O sonho não acabou,
A Natureza tudo resolveria,
O meu voo nocturno levantou.

Sou uma coruja, que viaja pelas estrelas

Fim

Maria Neves

 

 

 

 

08.06.22

“Fui ao Inferno”


Maria Neves

 

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Passara metade do dia, ensolarado e quente, após um curto tempo de férias, tão desejado, e que até àquele  momento, parecia tirado de um conto de fadas.

Num contexto difícil de explicar, um passo em circunstâncias pouco seguras, e um grito.
"Fui ao inferno". Um dia um doente  abordou- me, e utilizou esta frase. Na verdade confesso, foi como quem sente que não vai suportar, e vomita a própria dor.
Respira... pensei com calma.
Coloca gelo.
Foi um entorse?!
Repouso e um analgésico. Avalia!!! Mas um par de horas passou e não, nada. A evidência estava lá, mas eu recusava-me a vê-la. Tantos anos de enfermagem numa Urgência!..
Estou a ser negligente,  nunca faria isto com alguém, vou pedir ajuda.
O chão, correu debaixo dos meus pés, a fala faltou, quando ouvi:

Tem duas fraturas no seu pé Direito.
Fiquei como que anestesiada, não pela dor, a este momento, mas pela "Incerteza" , pelo meu futuro.
Recebi o tratamento certo, e com os profissionais mais incríveis.
Não é fácil o repouso forçado! O risco de complicações. Mas prefiro não pensar, e cumprir o correcto.

Sempre grata a quem me assistiu, acompanhou e me acompanha.
Há momentos !...

Maria Neves