A Ponta do Trovão - Peniche
Maria Neves
A Ponta do Trovão
A península de Peniche, em termos geológicos, mostra uma sucessão de estratos de rochas sedimentares carbonatadas de idade jurássica, registando, de forma contínua e ímpar, cerca de 20 milhões de anos da história geológica portuguesa. Paisagens dramáticas de outro mundo como nunca viu antes e que são de cortar a respiração. Um ecosistema ímpar que faz de Peniche o melhor local na Europa para observação de aves migratórias. A partir dos estudos no estratotipo de Peniche concluiu-se que no Jurássico Inferior a Península Ibérica era uma ilha e que as zonas das cidades como Coimbra, Lisboa e Peniche eram mar, só existindo ambiente marinho. Uma história registada nas rochas que remonta aos primórdios do Jurássico (200 milhões de anos) e à “vida” mais recente do Planeta Azul, quando os dinossauros já povoavam as zonas continentais e a Península Ibérica ficava perto da porção setentrional do continente americano. Constitui, assim, o melhor registo em Portugal de rochas daquela idade, relacionadas com uma fase marinha iniciada há 190 milhões de anos, anterior à génese do oceano Atlântico.
A Ponta do Trovão localiza-se na zona Norte da península de Peniche e destaca-se na fisiografia desta pois projecta-se através de uma “ponta” rochosa, ladeada por uma pequena enseada que forma uma praia em “U”, a Praia do Abalo. A Classificação da Ponta do Trovão pela International Union on Geological Sciences “mostra uma sucessão de estratos de rochas sedimentares carbonatadas de idade jurássica, registando, de forma contínua e ímpar, cerca de 20 milhões de anos da história geológica portuguesa”. “Constitui, sem dúvida, o melhor registo em Portugal de rochas daquela idade,
A cerca de 500 metros da minha casa, situa-se
" O Sítio Geológico de Importância Mundial-A Ponta do Trovão".
Confesso que, tão perto não ter visitado é vergonhoso.
Mas, com a Pandemia, ficámos reduzidos aos locais seguros
e anteriormente visitados.
Em dias como hoje, sem ondulação, e sem vento, foi muito bom para a sua visualização, tanto as áreas fossilizadas, como nos locais cobertos, habitualmente pelo Oceano Atlântico.
A salientar, que foi um dia de folga muito bom, apesar do Sol estar ausente.
Fontes:https://www.centerofportugal.com/pt/article/peniche-o-paraiso-geologico-de-portugal/
Fotos: Tiradas por mim.
Maria Neves