Olhando o cume da Serra ao entardecer, Bem alto, bem perto do céu, Que antecede o esperado anoitecer, Aquele fim de dia, seria o meu troféu. Olhando o anel dourado que o sol desenhava, Por entre os pinhais, que se curvam ao vento, Dando uns passos, já ao crepúsculo pensava, Nao, não desvies em ti, teu intento. Olhando o céu na noite escura, Brilham as estrelas e a Lua, Não haverá maior amargura, Para quem desse brilho se exclua. Não, não olhes para trás, Seg (...)
Existe algo por descobrir, Para além do horizonte, Talvez a promessa por cumprir, Quando bebi a água da Fonte. Tanto mar, tanto sol, e um sonho, Tanto ainda por viver, Vivendo num mundo enfadonho, Tanto que alguém não quiz ver. O mar mostra a sua imensidão, Neste Outono quente e bondoso, Com ondas baixas que vêm e vão, Neste lugar magestoso. Junto ao mar no entardecer, Uma gaivota anuncia Líberdade, Entre o céu e o mar faz estremecer, A vida que leva de Verdade. Maria Neves
Fim de tarde de Maio, Envolvida num manto brilhante, de vários tons. Sentada na pedra, vejo o mar sobre o crepúsculo, Olhando o horizonte, decifro os sons. Uma gaivota teimosa faz círculos no céu, Livre, canta o seu canto de encanto, Voando sobre as ondas, no entardecer, Esperando a noite, Talvez a tempestade, Como eu gostaria de entender. Maria Neves