O ruído do vento que sopra da serra, O ranger da porta que se fechou, O grito da esperança que sai da terra, O que o tempo não levou. Sigo na direção dos meus sentidos, Que há muito tempo deixei, Onde sonhos foram vividos, Onde com a coruja, à noite cantei. Sigo por pontes de pau, Debaixo, uma torrente de lama, Mas o caminho não será tão mau, Quando algo muito bom me chama. Não esqueço o Dezembro frio, O calor da lareira, a oração, O autor do livro, o trovão, e o rio, (...)
Estávamos no início da Pandemia, Dei por mim, frente ao mar a pensar, No meio daquela ventania, Novo trilho desejava alcançar. Horas sem fim, numa rocha sentada, Sobre o horizonte chorei, e esperei, Uma saída para a dor que lancinava. Na música que ouvia encontrei. O som da guitarra parecia um guia, O poema rimava na perfeição, De sueco pouco entendia, Mas trouxe alguma paz a um coração. Já tinha deixado um pouco de mim, As circunstâncias não permitiam voltar, A Viragem (...)
Caminhos na vida Poderá ser uma estrada de margem florida, Que percorres para chegar ao teu destino, Poderá ser a direção que tomas por sentido, E, que procuras nos teus ideiais de vida. Poderá ser a meta que te arruina. Poderá ser um traço de avião, que te conduz a uma viagem. Poderá ser um livro que eleva o teu sonho. Poderá ser a música que te inspira, e que te dá coragem. Um caminho será sempre um trajecto, Para sonhar , Para sorrir, E ter asas para (...)
A Noite Quando a noite vai caindo, E a nostalgia aparece, A música que vais ouvindo, Traz consigo uma prece. O dia que passou é um legado, Por tudo o que a vida te deu, Um dia será lembrado Por alguém que não viveu... Maria Neves