Sair numa manhã fria, Porque o sol brilha, mas não aquece, Usar a bendita écharpe, alivia, Enaltece a minha prece. Coloco a minha écharpe favorita, Conforta-me o peito com seu calor, Lembro o dia em que escolhi a dita, Na Veneza do Báltico, oferecida com amor. A écharpe também tráz a saudade, Que me transporta para outro lugar, Ao lugar onde, com a minha outra metade, Fizemos promessa em voltar. Em Estocolmo cai neve com sonhos, O clima da ternura, tornou-se agreste, Não pela (...)
Estávamos no início da Pandemia, Dei por mim, frente ao mar a pensar, No meio daquela ventania, Novo trilho desejava alcançar. Horas sem fim, numa rocha sentada, Sobre o horizonte chorei, e esperei, Uma saída para a dor que lancinava. Na música que ouvia encontrei. O som da guitarra parecia um guia, O poema rimava na perfeição, De sueco pouco entendia, Mas trouxe alguma paz a um coração. Já tinha deixado um pouco de mim, As circunstâncias não permitiam voltar, A Viragem (...)
Lugar mágico! Existe neste espaço, algo renovador, Existe esperança e harmonia, Existe História, existe Amor, Existe apelo à existência, Mesmo, continuando em (...)
Acordo pela manhã, Abro a janela do meu quarto, Vejo o sol a brilhar, À esquerda, vejo a muralha milenar, Tantas, histórias tem para contar. Enquanto acordo, e vou pensando, Invade o cheiro a maresia, Um presente do nosso mar, Aqui, tudo é poesia. Com o meu café a esfriar, Olho no Mac, os jornais do dia, Vou ficando apreensiva, Com os comportamentos em Pandemia. O povo faz o quer, Exige o que não pode ter, Com tudo o que sofremos; Recusam-se a aprender. Maria Neves
http://mluciadneves.blogs.sapo.pt Pousada do Crato - Alentejo Foto, Dezembro 2010 Olá! Durante o período de tempo, mais propriamente, desde Dezembro de 2020 até Março 2021, eu "vivi" e "morri". Foram tempos muito difíceis para todos nós. Ser profissional de Saúde em Pandemia, causa "arrepio". Durante estes meses, o tempo não passava. O calor, a sede, a angústia, e também os receios (...)