O alecrim Tolentino e o cacto Zabreu
Maria Neves
Zabreu: Querias vento Tolentino? Para te limpar as poeiras do Norte de África, As teias de aranha, As flores secas, As folhas velhas, Ai o tens, alecrim. Não sei como consegues, manter essa verdura toda!... Sou um cacto infeliz, vermelho, que foi tão bonito. Estou feio e velho. Nem no Deserto suportei ventania assim. Gelado. Seco. Estou quase pelado. Estou a ficar roxo de frio. Tolentino: Farto de tanta amargura forjada, o Tolentino ramalhudo respondeu: Ingra (...)